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Capítulo 15

É a vida que determina tua velocidade.

Atualmente, tem sido bastante comum os relatos de que a vida está muito acelerada. Chegamos a desconfiar de um possível disfarce coletivo das forças do universo.

Chega a sexta-feira e nos surpreendemos com o anúncio do fim da semana. Nos espantamos com o fim do dia, do mês e os anos passam voando.

Outrora, esta era uma realidade própria dos grandes centros urbanos e que reservava a calmaria às cidades e povoados mais humildes. Contudo, nos parece que algo chamado de globalização não tenha sofrido qualquer resistência imunológica aos seus sintomas, contaminando todos os lugares sem distinção.

A inquietação própria dos tempos modernos justifica a busca pela compreensão sobre estas sensações contemporâneas buscando nas teorias físicas uma explicação para acalmar os ânimos.

Os princípios da relatividade defendidos por Albert Einstein, Galileu Galilei, Hendrik Lorentz, Isaac Newton e muitos outros que se aventuraram na tentativa de descrever as relações entre espaço e tempo não são suficientemente confortáveis contemporaneamente.


A Relatividade Especial é uma teoria publicada no ano de 1905 por Albert Einstein, concluindo estudos precedentes do físico neerlandês Hendrik Lorentz, entre outros. Ela substitui os conceitos independentes de espaço e tempo da Teoria de Newton pela ideia de espaço-tempo como uma entidade geométrica unificada. O espaço-tempo na relatividade especial consiste de uma variedade diferenciável de 4 dimensões, três espaciais e uma temporal (a quarta dimensão), munida de uma métrica pseudo-riemanniana, o que permite que noções de geometria possam ser utilizadas. É nessa teoria, também, que surge a ideia de velocidade da luz invariante.



O princípio da relatividade foi inserido na ciência moderna por Galileu e afirma que o movimento, ou pelo menos o movimento retilíneo uniforme, só tem algum significado quando comparado com algum outro ponto de referência. Segundo o princípio da relatividade de Galileu, não existe sistema de referência absoluto pelo qual todos os outros movimentos possam ser medidos. Galileu referia-se à posição relativa do Sol (ou sistema solar) com as estrelas de fundo. Com isso, elaborou um conjunto de transformações chamadas 'transformações de Galileu', compostas de cinco leis, para sintetizar as leis do movimento quanto a mudanças de referenciais.


É a junção de dois estudos do alemão Albert Einstein: Teoria da Relatividade Restrita, de 1905, e a teoria da relatividade geral, de 1915. Além de estabelecerem relações entre massa e a energia de um corpo, elas explicam que tempo e espaço são relativos, dependendo do ponto de vista do observador.


Tudo é relativo

Outra conclusão da Teoria Restrita é que o tempo passa mais devagar num objeto que se desloca em grande velocidade. O exemplo clássico é a hipótese do astronauta que viaja espaço afora. Quando retornar à terra, seus amigos terão envelhecido, mas, para ele, poucos anos terão se passado. A noção de tempo, portanto, é relativa.


Em sua teoria da Relatividade Geral, Einstein procura avaliar o que acontece em referenciais não inerciais (que possuem aceleração). Ele chega a algumas importantes conclusões:
  • Um referencial que sofre aceleração é equivalente a um referencial submetido a uma força atuando à distância.
Por exemplo, quando um elevador sobe, o passageiro não tem como distinguir se o elevador realmente iniciou o movimento ou se alguma força começa a empurrá-lo para baixo (exceto pelo indicador dos andares).
  • A Força Gravitacional é provocada por uma distorção na relação entre espaço e tempo.
Isso pode ser observado por um corpo em queda que percorre espaços maiores em tempos cada vez menores. Toda massa provoca essa distorção e quanto maior a massa maior a distorção.

Hoje, um século depois, podemos cotidianamente usufruir desse estudo, chamado física moderna. Através dela, hoje é possível termos previsões muito mais exatas e precisas do que antes, como, por exemplo, calcular o tempo em que haverá o pôr do sol hoje, com acertos existentes até na casa dos nanossegundos, mas em alguns outros casos também a incerteza é a única certeza que temos, como, por exemplo, o que acontece com os objetos que entram em um buraco negro.
Toda essa nova descoberta foi necessária para mostrar aos físicos que nada é absoluto e que tudo é relativo.


Infelizmente, as contribuições dos nossos alicerces teóricos não são suficientes para as explicações plausíveis do que parece transcender ao universo estático e nossos referenciais passam à uma dimensão psíquica social. Seja qual for o tipo de relatividade, tento me confortar nas proposições verdadeiras de que

a incerteza é a única certeza que temos,

e, 

que nada é absoluto e que tudo é relativo. Pois o tempo parece revoltar-se paradoxalmente quando este é preponderante, variando de, lento, em situações que estamos enfermos e outros casos adjacentes e, rápido, quando estamos em férias prazerosas e outras situações. Portanto, circunstâncias da vida e uma doze de imaturidade ou experiência é que determinarão tua aceleração.

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